neverend
domingos de souza nogueira neto
Não sei como iniciou a queda. Lembro-me apenas das paredes acelerando ao lado, vertiginosas. Distinguia as cores no início. Imagens, sombras, saliências, tufos? Verdes e castanhos acelerando, zumbidos...
Tudo se misturava depois. As cores em cinza, imagens em planos, paredes em lados e zunidos em ventania.
Preparei-me para o impacto. O estalido oco de ossos partidos. Para a dor de segundos, talvez menos. E depois?
Só o contínuo. As luzes se foram, o vento parecia riscos rápidos de gilete, o breu, o cilindro negro ao redor, e a angustia da queda no escuro dos pesadelos de criança. Talvez tivesse enlouquecido e rostos me olhassem atônitos.
No fim, nada, e nem fim. Já não havia vento, o arredor cintilava em branco, já não sentia a queda, apenas um ponto que então se apagou.
Então, o vazio, ou pleno, talvez, e como ínfimo yo-yo cósmico senti a hora de voltar às sombras, de acelerar de volta, rumo ao ponto, sem mais saber...
Tudo se misturava depois. As cores em cinza, imagens em planos, paredes em lados e zunidos em ventania.
Preparei-me para o impacto. O estalido oco de ossos partidos. Para a dor de segundos, talvez menos. E depois?
Só o contínuo. As luzes se foram, o vento parecia riscos rápidos de gilete, o breu, o cilindro negro ao redor, e a angustia da queda no escuro dos pesadelos de criança. Talvez tivesse enlouquecido e rostos me olhassem atônitos.
No fim, nada, e nem fim. Já não havia vento, o arredor cintilava em branco, já não sentia a queda, apenas um ponto que então se apagou.
Então, o vazio, ou pleno, talvez, e como ínfimo yo-yo cósmico senti a hora de voltar às sombras, de acelerar de volta, rumo ao ponto, sem mais saber...
Você escolhe cada imagem bonita!
ResponderExcluirMe diz uma coisa:
como é que você descobriu o nosso blog, POENOCINE? Sempre fiquei curioso com isso...
Aquele abraço.
http://poenocine.blogspot.com/