Dia de Morrer
Domingos de Souza Nogueira Neto
Não me recordo do silvo, do som sibilo, que em minhas memórias futuras estava guardado. As três picadas, o calor bem pontuado, a fraqueza nos joelhos, que me fez cair, depois o frio, e o sono...
Espantei preocupações com a mulher, os filhos, crianças ainda... Meu futuro se dissociava do deles, melhor esquecer... Procurei não pensar em Deus, nada do depois me parecia familiar.
Naquele breve crepúsculo lembro-me de rostos curiosos, do meximento de homens, uniformes, do agudo aflito se afastando.
Sei que morri.
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